Prof. Dr. Irany Novah Moraes
FO espírito público é algo que alimenta a alma de todo aquele que em seu íntimo tem vontade impulsiva de contribuir para melhorar a qualidade de vida da comunidade. Ele vê o indivíduo enxergando sua família e seu grupo social.
Não há profissão que alimente, desde os bancos escolares tal sentimento como a do médico. Aliás, durante todo o curso de graduação ele põe a prova essa postura. É de se notar que entre todos não há sequer um grupo onde essa marca não seja notada. Esse amor ao próximo é característica, por assim dizer, qualitativa. Todos a entendem como vocação. Como tal não pode ser maior ou menor e sendo assim existe ou não; o indivíduo é médico ou não. Aqueles que logo no início dos estudos não tinham tais sentimentos, em tempo mudaram seus rumos. Para ser claro um exemplo muito simples e convincente, a mulher está grávida ou não, jamais está meio grávida ou muito grávida.
Assim toda classe médica é constituída por pessoas “chamadas” para a profissão. Esse privilégio é perene seu forte impulso para fazer mais pelo doente, pelos familiares e pela sociedade. Mas, além disso, também pelo ensino médico, pelo treinamento do noviço, pelo seu aprimoramento. Sempre com vontade de melhorar e multiplicar os conhecimentos úteis à saúde.
Esse fato é realmente muito significativo se lembrar como o jovem é preparado, aprendendo a vida com a morte e lembrando que a anatomia é a imagem plástica da função; vendo a beleza da vida na função de cada órgão e depois quando o estudo passa para o hospital convive diuturnamente com a dor, com o sofrimento e luta desesperadamente contra a morte. Não há outra profissão que participe tão intrinsecamente com o sofrimento do ser humano como a do médico. Ele aprende ouvir a dor alheia para progressivamente interpretar os sintomas do paciente e saber procurar os sinais e raciocinar com a dor, a angustia e a tristeza.
O desafio da morte feito a cada momento estimula sua argúcia, sua atenção, sua inteligência; ele aprender a tomar decisões prontas e sabe que se não forem corretas seu erro pode custar à vida de seu paciente. A consciência desse fato leva-o a um alerta permanente que não lhe dá o direito de não saber. Uma vez que a própria justiça considere esse fato com imperícia. Assim, o médico deve estudar permanentemente. Esse motivo foi o impulso que levou-no a oferecer ao jovem médico mais essa oportunidade de aprender, pela internet, na revista que ora está sendo lançada: CULTURA & SAÚDE.
O grande mérito dessa Revista, a meu ver, é apresentar ao jovem médico a experiência da medicina moderna do dia a dia em hospital geral. Assim, abrir a mente dos jovens com problemas que, no momento atual, afligem nosso povo.